domingo, setembro 17

:: slow down

para acalmar um pouco, coloco aqui uma música do disco novo da madeleine peyroux que aliás é maravilhoso. já preparo uma resenha sobre.


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:: porra meu, o tim festival é o caralho

quero registrar a minha indignação com o festival deste ano. os organizadores simplesmente tomaram tóxicos ou se revelaram uns filhos das putas. cobrar 180 pilas por uma noite que nem tem tanta gente badalada? ok, ano passado tinha kings of leon e arcade fire que nem são tão badalados, mas tinha strokes, porra! e não custava esse absurdo. queria muito ver o tv on the radio, mas 180 pilas é muito. operadora tim, isso é divulgar cultura? o teu cú.

a segunda coisa que chega a ser de mal gosto é não trazer a patti smith e o beastie boys para são paulo. estou considerando isso como um ato tão deselegante quanto tirar meleca do nariz. pelo que me lembro, foi divulgado que haveria um rodízio entre rio de janeiro e são paulo para ser as cidades principais. bem, ano passado foi o rio. e este ano?

é por essas e outras que não mudo pro tim nem a pau. e faço propagando contra. aliás, adivinha quem é garoto propoganda da operadora? dica: ele se assemelhava a uma bola e não era a dita cuja. poisé, esse é o naipe da tim.

sábado, setembro 16

:: last.fm

aqui do lado tem um quadrinho com as músicas que rolaram no meu comp. aviso que ouço de tudo e por isso não estranhem se uma bessie smith aparecer depois de um clash. não é por mal. meu critério não é afinidade entre gêneros, mas entre as canções e o coração. se estiverem inscritos no last.fm me procurem. meu nick é marcioyonamine.

:: teresa cristina e grupo semente



fazia um frio danado naquele primeiro de setembro. o auditório do ibirapuera não estava cheio, garoava aquele filete paulistano. no meu mp3 player tocava algum rock, talvez black rebel ou mesmo cardigans. sentei-me um pouco afastado (pedi a moça que trocasse meu lugar porque eu estava muito próximo do palco e não dava para ver tudo). o show começa. teresa cristina cantando me fez lembrar dos meus dias, por contraste.

conheci terese cristina por acaso. estava esperando a hora do cinema na frente do espaço unibanco, naquela loja de cdï?½s. procurava por algo que eu não pudesse baixar em casa (donga, wilson batista, sambistas mais antigos), até que começo a ouvir uma voz muito doce cantando paulinho da viola. me empolguei na hora, pensando em como eu gosto de paulinho da viola. cantarolava enquanto procurava por alguma coisa que interesse naqueles cdï?½s. as músicas se sucediam. quando dei por mim, estava apaixonado pela voz. sabe aquela sensação de que a primeira impressão vai melhorando?

depois, procurando pela internet, soube que teresa cristina também compunha. pude vê-la num show que passou na tv cultura, mas sempre pensei que teria que ir ao rio de janeiro para vê-la cantar. pois, estava eu ali, assistindo-a ao vivo.

teresa cristina não tem a desenvoltura e experiência de bethânia (talvez ninguém tenha). assistindo-a cantar, lembrei-me de relatos que li sobre billie holiday. diziam que a cantora americana ficava imóvel no palco, uma coisa hipnótica. teresa cristina não tem essa mágia. seu braço esquerdo fica pendente, só se movimentando algumas vezes para acentuar visualmente alguma nota. mas enquanto canta, ela sorri com uma serenidade que deixa a música ainda mais gostosa.

o ponto alto foi quando cantou "a história de lili braun". depois da música, ela agradeceu a presença. dizia que ela mesma gostaria de estar no show do chico buarque (que acontecia naquela mesma hora), mas que estava feliz pelo público ter comparecido.

quando acabou o show, nem tive coragem de ouvir meu mp3 player. queria conservar os ouvidos ainda com o frescor do que havia ouvido.